Peregrinos a cavalo e bike fazem a 1.ª Expedição da Rota do Rosário
Peregrinos a cavalo e bike de diversas cidades do Paraná saíram no dia 11 de janeiro de 2020, do Santuário Nossa Senhora das Brotas, para realizar 1.ª Expedição da Rota do Rosário. O trajeto tem mais de 600KM e percorre 15 cidades e 15 Santuários, passando por lindas paisagens do Norte do Paraná e Campos Gerais.
Com a inciativa inaugura um caminho similar ao famoso Caminho Santiago de Compostela na Europa. Portanto, a Rota do Rosário deseja levar o peregrino a momentos de contemplação, reflexão, fé e encontro com o sagrado e a natureza.
O Santuário é considerado o Portal da Rota do Rosário, que foca o Turismo Religioso, um projeto que visa desenvolvimento regional, que tem por finalidade alavancar o turismo religioso e sustentável das regiões que abrangem o Norte Pioneiro e os Campos Gerais do Paraná.
O Turismo Religioso da Rota do Rosário, contempla todos os requisitos de uma verdadeira rota turística compondo um grande acervo no âmbito religioso, cultural, gastronômico e belezas naturais.
Na oportunidade foi entregue no Santuário de Nossa Senhora das Brotas pelo presidente da Paraná Turismo, João Jacob Mehl, ao coordenador da Rota dos Rosário do Norte Pioneiro e Campos Gerais, Pe. Celso Miqueli e ao presidente da Atunorpi Welington Bergamaschi, o protocolo de intenções do Governo Paraná que contempla a sinalização turística da Rota.
Jacob Mehl salienta que a intenção do Governo do Paraná é promover todos os segmentos de turismo paranaense e a sinalização é um fator importante de orientação para o turista. “O peregrino, o romeiro movido pela fé que deseja fazer este caminho precisa ter a orientação correta de onde estão as capelas, santuários, hotéis, restaurantes, entre outros equipamentos importantes ao turista. O Governo deseja dar todo o incentivo necessário, pois o turismo é uma fonte inesgotável de receita e isso gera renda e oportunidade em muitos municípios.”, acredita Jacob Mehl.
Acredita que toda a Rota do Rosário tenha sua sinalização concluída até o final do ano, pois são mais 600 km que precisam ser sinalizados. “A nossa programação é que tenhamos a sinalização concluída até o fim de 2020 para que os turistas possam percorrer com segurança todo o percurso.”, espera o presidente.
Parceria que fortalece o Turismo Religioso
Para o presidente da Atunorpi Welington Bergamaschi, acredita que a parceria entre Governo, Rota do Rosário e a Atunorpi veio para fortalecer o turismo religioso. “Fizemos um trabalho junto ao Paraná Turismo pedindo está sinalização já há alguns anos e agora deu certo. Com a implementação da sinalização irá facilitar a vida do peregrino que for realizar a Rota do Rosário.”, espera Welington.
Ele salienta que este semento de turismo vem fortalecer a fé do ser humano que o hoje precisa tanto se encontrar consigo, com Deus e com o próximo. “Sim queremos que o peregrino tenha uma experiência profunda com o sagrado, mas precisamos profissionalizar o turismo, ou seja, precisamos proporcionar ao turista uma vivência com qualidade por onde ele passa.”, acredita Welington.
Outro fator importante que o presidente espera é que o turismo gere renda e trabalho por onde passar. “Existe toda uma cadeia econômica e de pessoas envolvidas no processo. Portanto, o turismo fomenta a economia que melhora a vida tanto de quem trabalha nela, quanto de quem usufruí do turismo, seja ele, religioso, aventura, cultural entre outros.”, confia o presidente.
Quem também esteve presente no evento foi a diretora do Museo do Tropeiro em Castro, Amélia Podolan Flugel, em sua fala salientou que o Brasil cresceu no lombo das mulas e cavalos e a Rota do Rosário está fazendo um belíssimo resgate deste período. “Antes do automóvel o lombo dos animais foi o principal meio de transporte de mercadorias e isso está muito enraizado em nossa região até hoje. Portanto, é uma satisfação muito grande enquanto historiadora participar deste marco histórico de fé e cultura. Fico feliz em ver a participação de crianças e jovem no evento, isso mostra que se mantem viva a tradição do tropeirismo aqui nos Campos Gerais e outras regiões do Paraná.”, explica a historiadora.
O coordenador da Rota dos Rosário do Norte Pioneiro e Campos Gerais, Pe. Celso Miqueli, acredita que a assinatura da parceria é um reconhecimento e fortalecimento do turismo religioso em especial para a Rota do Rosário. “É um reconhecimento e apoio institucional da Paraná Turismo que irá trabalhar conosco junto com Atunorpi, demais associações e prefeitura para promover o turismo religioso.”, confia o padre.
Segundo o sacerdote a proposta e trabalhar um turismo sustentável, preocupado com o relacionamento com a natureza e o bem-estar do ser humano. “A Rota do Rosário abrange duas dioceses a de Jacarezinho e de Ponta Grossa, envolvendo municípios, santuários, igrejas e iniciativa privada. Portanto, o turismo religioso pode ser praticado em várias modalidades, entre elas, o peregrino fazendo o trajeto a pé, romarias com excursões, de bike, cavalgadas entre outras. Para que tudo isso funcione todos os envolvidos devem olhar em uma só direção que é fortalecer o turismo religioso”, acredita o sacerdote.
Pe. Celso explica que a expedição se divide em duas categorias, uma que irá ser percorrida por ciclistas e outra por tropeiros.“O trajeto da expedição será o mesmo, porém os ciclistas farão um percurso de 610 km, percorrendo os santuários e as igrejas da Rota do Rosário em sete dias. Já os tropeiros farão de modo fragmento, ou seja, cada município e sua comitiva levará a imagem peregrina de Nossa Senhora das Brotas e de São João Batista até o próximo município. As imagens ficam uma semana em cada uma das 15 cidades e a chegada esta prevista em Arapoti, no dia 24 de maio, onde faremos um grande evento tropeiro com devocional e almoço.”, espera.
Sementes regadas à espera do florescimento
O diácono permanente e representante do Santuário Nossa Senhora das Brotas, Paulo Henrique Capilé Fernandes, salienta que o Santuário vem cumprindo através dos tempos o seu papel junto às ações do turismo religioso. “Foi aqui no de 2012 que aconteceu o I Encontro Estadual de Destinos de Turismo Religioso, a ousadia de sediar o encontro não foi maior que a vontade de aprender a fazer o turismo religioso acontece. O evento contou com a presença de representantes de santuários de referência, como Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rócio, Santuário de Santa Paulina (Santa Catarina), Santuário Nacional de Aparecida e Santuário de Fátima (Portugal).”, recorda o diácono.
Ele salienta que este encontro discutiu temas importantes, entre eles o conceito que abarcam o turismo religioso, a necessidade de planejamento. “Por aqui, passaram na ocasião SETU, Sesc, Sebrae com nomes de referência como Caren Santos, Karen Kobilars, Nadia Joboji, Marlene Novaes, hoje membro do Conselho Nacional de Turismo. Portanto, novos caminhos foram traçados, e os Santuários do Estado do Paraná passaram a se reunir semestralmente, a unidade trouxe crescimento.”, acredita o diácono.
Portanto, muito estudo foi trabalhado para aprimorar o receptivo nos santuários, parcerias entre a Paraná Turismo, Sistema Fecomércio e CNBB trouxeram a possibilidade de aperfeiçoamento no ato de receber. “Hoje, com muita alegria podemos contemplar mais uma ação que certamente será agraciada com as benção de Deus e a proteção de Nossa Senhora, com a 1.ª Expedição da Rota do Rosário, entretanto, tenhamos sempre em vista as grandes possibilidades de Evangelização.”, frisa o diácono Paulo.
O que esperam os peregrinos ciclistas e tropeiros?
O coordenador dos Tropeiros Nativos de Piraí do Sul, João Carlos da Silva Filho, acredita que Expedição é um momento de fé devoção com a Padroeira dos Tropeiros Nossa Senhora das Brotas. “Sou a terceira geração de tropeiro e junto com meu pai promovemos diversas cavalgadas. Entre elas, fizemos em 2006 a peregrinação com a imagem de Nossa Senhora pelas 17 cidades que compões a Rota dos Tropeiros no Paraná. Quando recebemos o convite para fazer a 1.ª Expedição da Rota do Rosário ficamos muito feliz.”, revela o coordenador.
Ele destaca que o trabalho é muito importante para o tropeirismo, porque estreita os laços de amizade ao mesmo tempo que é um trabalho de evangelização. “Iniciativa que assim geram novo laços de amizade, além de resgatar a tradição do tropeirismo, portanto este trabalho da Rota do Rosário movimenta pessoas e a economia. Piraí é privilegiado porque tem a Padroeira dos Tropeiros e ainda é o portal da Rota e ficamos felizes em colaborar com tudo isso.”, explica o tropeiro.
O professor de educação física e coordenador da equipe Forma Ativa Sports, Emerson Souza, explica que realiza trabalhos promovendo o ciclismo para mais de mil pessoas entre o norte do Paraná e Sul de São Paulo e participar da Expedição é promover o ciclo turismo e, ao mesmo tempo turismo religioso. “Na largada aqui no Santuário temos a presença de 30 ciclistas e ao longo da semana outros devem engrossar a expedição. Iremos percorrer 610 km até a próxima sexta-feira, onde devemos chegar em Arapoti. Este trajeto irá fazer um desenho do terço, promovendo assim a Rota do Rosário.”, explica o ciclista.
Ele destaca que é uma realização participar de evento como este aliando o ciclismo e a fé. “Além de trabalharmos o lado físico, vamos trabalhar o lado espiritual, portanto é uma atividade para o corpo e par alma. Passaremos por belíssimas paisagens de natureza que concretiza nos levam a uma experiência de Deus.”, acredita Emerson.
Fonte: Minuto Rural