Ministério do Turismo contrata instituição para apoiar desenvolvimento de geoparques no Brasil

O Ministério do Turismo e a Unesco selecionaram a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC) para realizar a elaboração de um manual para o desenvolvimento de projetos turísticos de geoparques no Brasil. A seleção é resultado de edital lançado em setembro pela Pasta, que teve como objetivo contribuir para a estruturação de mecanismos de fomento ao turismo sustentável nesses territórios. A expectativa é de que este documento seja replicado em todos as iniciativas de geoparques em andamento no país.

Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, a proposta é dar visibilidade aos geoparques que existem de norte a sul do Brasil e que precisam de ajuda na formação de um projeto de reconhecimento mundial. “Estamos dando mais esse importante passo para que outros territórios desse porte tenham a mesma qualificação e possam se estruturar para auxiliar a tornar o país em uma grande referência neste tipo de turismo”, declarou.

O manual produzido pela instituição selecionada deverá contar com informações que dos conceitos de geodiversidade, geopatrimônio, geoconservação, geoturismo e geoparque. Deverá trazer ainda a origem e o processo de constituição da Rede Global e a descrição dos quatro pilares fundamentais para o desenvolvimento desse tema: Patrimônio Geológico Internacional, Gestão, Visibilidade e Trabalho em Rede, bem como o panorama dos projetos de geoparques existentes no Brasil.

Além disso, o material deverá contar também com o mapeamento, por região, dos projetos de geoparques existentes no Brasil, incluindo status dos respectivos projetos e referenciais para contato. Para isso, deverá ser utilizado como referencial o Projeto Geoparques sob a tutela da CPRM – Serviço Geológico do Brasil. Entre eles, estão o Sertão Monumental (CE), Cânion do São Francisco (AL, SE e BA) e o Alto Vale do Ribeira (SP e PR).

A Diretora de Inteligência Mercadológica e Competitiva do Turismo, Nicole Facuri, ressalta que “A crescente demanda pelo turismo de natureza nos traz a responsabilidade do ordenamento do setor com foco na preservação do meio ambiente, mas também com o foco nas reais necessidades do mercado, formando profissionais qualificados para atender adequadamente a esta demanda. O fomento à inserção de novos Geoparques brasileiros na Rede Internacional da UNESCO é uma estratégia muito interessante para promover o ordenamento deste segmento”.

Para o coordenador geral do projeto e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Marcos Nascimento, o manual dará maior atratividade ao país. “A criação de um manual de desenvolvimento de projetos turísticos de geoparques aumentará a competitividade e a visibilidade do Brasil no geoturismo, além de direcionar as políticas públicas e melhor orientar as ações de investimento, de marketing e de promoção para este nicho de mercado. Assim como ampliará a oportunidade de geração de emprego e renda em comunidades locais onde geoparques estão sendo estabelecidos”, disse.

O Manual de Desenvolvimento de Projetos de Geoparques no Brasil será de suma importância para termos diretrizes em língua portuguesa, mas seguindo as premissas e as orientações do Programa internacional de Geociências e Geoparques da UNESCO. Além disso o manual trará informações importantes a cerca de temas como Geodiversidade, Geopatrimônio, Geoconservação, bem novo uma nova atividade ligada ao turismo denominada de Geoturismo.

GEOPARQUES – Para se instituir como geoparque, é necessário que uma região tenha atributos geológicos e paleontológicos de relevância internacional, aliados a ações de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. A implantação deve contemplar o turismo, desenvolver a economia local e modificar, assim, a realidade socioeconômica dos habitantes da região. Os geoparques não estão apenas relacionados à existência de rochas e fósseis, como também ao comprometimento local de participação e envolvimento da comunidade. Segundo a Unesco, entre os objetivos dos geoparques está a preservação das regiões que contam a evolução dos continentes e o desenvolvimento social e econômico desses locais por meio do geoturismo.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo