O poder colaborativo das Primeira Damas – por Jacó Gimennes

O ciclo recém iniciado com os novos mandatos municipais, tem o desafio de apresentar resultados mais criativos, com o engajamento das Primeiras Damas.

No dia a dia da administração municipal, o tempo voa e muito do que poderia ser feito, acaba se perdendo no corre-corre pela falta de foco, diante de dificuldades, de pressões por interesses, onde os problemas deixam de ser equacionados e priorizados.

A condição de Primeira Dama precisa ser valorizada, pois a mesma tem poder independentemente de estar ou não em um Cargo Comissionado.

Ter consciência do poder e saber operá-lo é uma arte que precisa ser cultivada, no dia a dia de nossos municípios.

Muitas vezes o Prefeito ordena uma ação e a coisa não acontece, pois na maioria das vezes, a implementação de uma ordem passa por inúmeros chefes com suas vaidades e interesses no poder. Feliz do município onde o perfil proativo das Primeiras Damas é potencializado, operando na integração de forças pelo Desenvolvimento Municipal.

Uma cidade para ser boa para sua gente, precisa funcionar bem na prestação de serviços públicos, e ninguém melhor que a Primeira Dama para ter a percepção e a condição de colaborar para encaminhar melhor diversos assuntos, como por exemplo:

  • Limpeza da cidade e em suas ruas e praças;
  • Embelezamento com flores nos jardins das praças e canteiros centrais de avenidas;
  • Iluminação das ruas e praças, para maior segurança no ir e vir;
  • Pintura e sua conservação nos prédios públicos e em especial nas Escolas;

A Primeira Dama no exercício da cidadania cívica, pode respaldar o Prefeito a “errar menos”, pois ela pode agir como uma verdadeira ouvidora, escutando os anseios e expectativas dos setores e pessoas das comunidades, num privilegiado canal de comunicação, das bases e do poder.

Entre as contribuições das Primeiras Damas, destacamos a missão colaborativa na formação da cultura dos negócios pelo Turismo, algo praticamente ignorado, na maioria dos municípios.

Uma boa estratégia pode ser, quando a Primeira Dama assume zelar pelo paisagismo, pois as árvores, folhagens e flores encantam e humanizam as cidades.

Assim, um bom exercício é incentivar o Dia das Flores, com troca de mudas de mudas, através do voluntariado da melhor idade. E que tal, campanhas com os professores e alunos para florir as escolas, onde a comunidade escolar, pode fazer a diferença com o paisagismo e /ou com painéis pintados nos muros.

Florir cidades, tem o poder de transformar e pode evoluir até se chegar numa flor símbolo da cidade. O que seria da identidade de Gramado – RS sem as hortênsias, Maripá-PR sem as orquídeas, Nova Petrópolis-RS sem as azaleias? Qual seria a flor para o seu destacar o seu município?

Ter a consciência que o poder municipal é benção de Deus, outorgado temporariamente pelos eleitores e como tal, precisaria ser exercido sem perder nenhum dia, evitando desperdiçar oportunidades com ideias e propósitos.

Compreendido essa dimensão, as incertezas e dificuldades não podem imobilizar a capacidade dos Gestores Municipais, mas sim, serem fontes inspiradoras de alternativas criativas, para equacionar os problemas e superar desafios, para fazer da sua cidade – a melhor possível para sua gente.

As necessidades, os interesses e os sonhos, trabalhados com empreendedorismo, geram projetos comunitários como instrumentos de transformação, pois irão além das limitações dos recursos tradicionais disponíveis.

É importante reiterar que a cidade mais acolhedora para sua população, será mais atrativa e convidativa para a vinda dos turistas.

Uma cidade acolhedora e solidária, será sempre um porto seguro para se fazer amigos e ser feliz!

Ah! Como temos muitas mulheres como Prefeitas a frente de governos municipais, precisamos ficar atentos, para potencializar também o papel proativo dos Primeiros Conselheiros e que poderão atuar no poder colaborativo, tal e qual o inesquecível Príncipe Philip, com a Rainha Elizabeth II do Reino Unido.

 

Jacó Gimennes, Fundador da RETUR, dedica-se a Cultura do Desenvolvimento pelo Turismo e Coordena o Instituto Prosperare