Programas e ações de conservação e restauração garantem a biodiversidade do Paraná

No Paraná, o órgão responsável pela gestão e conservação da biodiversidade é o Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest).

De acordo com o secretário da pasta, Márcio Nunes, com o objetivo de honrar esse compromisso, são desenvolvidos programas, projetos e atividades voltados à conservação da biodiversidade. O objetivo é a conservação do patrimônio natural e, consequentemente, a melhoria na qualidade de vida da população.

“A conservação deve ser voltada para tudo: solo, água, fauna e flora. Tudo o que está envolvido na vida da Terra é meio ambiente”, disse.

As 71 Unidades de Conservação (UC’s) do Estado são a principal ferramenta de proteção e manutenção da biodiversidade. Nas unidades abertas à visitação pública, são desenvolvidas ações de educação ambiental e o Programa de Voluntariado.

O Paraná possui, ainda, 237 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) estaduais, modalidades de UC de domínio privado, criadas mediante solicitação do proprietário da área, que se compromete com a conservação da natureza.

“Elas são unidades particulares, criadas por pessoas físicas ou jurídicas, e ampliam as áreas da biodiversidade para a conservação da flora e da fauna existentes no Bioma onde está instalado, permitindo uma diversidade ainda maior de fauna e de flora”, afirmou o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto.

AÇÕES – Dentre as ações realizadas pela pasta estão o monitoramento da vegetação nativa; os incentivos econômicos para a conservação; ações de enfrentamento das mudanças climáticas; a produção de mudas nativas; a gestão das Unidades de Conservação Estaduais; e as ações para a proteção da fauna silvestre.

Segundo o secretário Márcio Nunes, quando a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo foi criada, foi feita a junção de diversos órgãos para buscar o equilíbrio entre crescimento, desenvolvimento, geração de emprego e renda, cuidado e recuperação do meio ambiente.

“Com a Sedest, criamos o IAT, que uniu três institutos (IAP, ITCG e ÁguasParaná) em um único órgão. Também trouxemos para perto a Invest Paraná, para atração de investimentos com foco na sustentabilidade; o Simepar, com foco nas mudanças climáticas; e a Paraná Turismo, para também trabalhar com o turismo responsável”, destacou.

MATA ATLÂNTICA – O Paraná é fundamental para a biodiversidade do País. O Estado abriga parte de um dos biomas com maior biodiversidade do mundo: a Mata Atlântica. Com mais de 29% de cobertura florestal nativa, o Paraná está entre os Estados com maior concentração do bioma. São cerca de 6 milhões de hectares preservados, considerando os estágios sucessionais inicial, médio e avançado.

RESTAURAÇÃO – Para a produção de sementes e mudas florestais nativas, o estado conta com 19 viveiros e dois laboratórios. As unidades são responsáveis pela produção até a distribuição de mudas florestais nativas e possuem capacidade de produção de 10 milhões de mudas ao ano.

ESPÉCIES EXÓTICAS – Cerca de 25% de todas as espécies animais e vegetais do mundo estão ameaçadas de extinção. Para a proteção da biodiversidade paranaense, são realizadas ações para o controle das Espécies Exóticas Invasoras (EEI), como: a elaboração e execução de planos de ação para controle de EEI em Unidades de Conservação estaduais e o Programa de EEI, que estabelece políticas e ações para o enfrentamento das invasões biológicas no Estado.

O IAT ainda integra o Comitê Interinstitucional de Trabalho para análise dos Planos Municipais de Arborização Urbana, com orientações sobre o manejo adequado da vegetação e a importância de priorizar a utilização de espécies nativas apropriadas, a fim de evitar a disseminação de espécies exóticas e invasoras.

ICMS – Outro programa gerido pelo IAT é o ICMS Ecológico, que direciona recursos aos municípios por mananciais de abastecimento de água ou de Unidades de Conservação em seus territórios, compensando as restrições de uso que atuam sobre essas áreas.

São realizadas vistorias anuais e o programa funciona, também, como incentivo à manutenção ou recuperação da qualidade ambiental nas áreas cadastradas.

Fonte: AEN